Não é fácil conviver com ansiedade. Ela está presente na véspera da prova, da entrevista de emprego, antes do encontro com a pessoa especial e de decisões importantes a serem tomadas.
São sentimentos naturais que muitas vezes fazem com que nos preparemos melhor para lidar com o episódio futuro. Na dose certa, são sensações importantes que garantem a sobrevivência da espécie.
Os sintomas mais comuns são preocupações intensas e persistentes, medo de situações cotidianas, elevada frequência cardíaca, respiração rápida, sudorese, sensação de cansaço.
Todos estes sentimentos podem ser normais e fazer parte de uma vida comum, porém quando se tornam excessivos, obsessivos e interferem na sua vida cotidiana é hora de buscar ajuda.
O transtorno começa quando estas emoções passam da dose certa e ao invés de promover a preparação para o evento futuro, travam e bloqueiam o desempenho da pessoa. Os sentimentos da ansiedade impedem comportamentos adequados, que foram preparados para a situação difícil. Atividades simples e cotidianas passam as ser grandes desafios. Assim, a pessoa não consegue mais realizar pequenas tarefas comuns, não consegue cumprir seus objetivos da rotina. Há um grande comprometimento da autonomia e da qualidade de vida do paciente.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 264 milhões de pessoas sofrem de transtorno de ansiedade no mundo, destes, 18,6 milhões são brasileiros (sim, temos o maior número de pessoas ansiosas do mundo) que corresponde a 9,3% da população brasileira.
As pesquisas mostram que fatores genéticos e ambientais estão envolvidos no desenvolvimento do transtorno de ansiedade. Crianças que sofreram abuso fisico, psicológico, sexual e negligências apresentam de duas a três vezes mais chances de desenvolver transtornos mentais quando adultos. Conviver com pessoas de “mau exemplo” pode contribuir para este caminho.
No geral, uma pessoa com quadro de ansiedade grave leva em média sete anos para buscar ajuda específica. É um tempo de sofrimento muito longo. Considera-se que ainda há preconceitos com os transtornos mentais e seus tratamentos em nossa sociedade. Assim, diversas instituições tem defendido a busca por ajuda mais rápida.
As doenças da mente e o sofrimento mental deveriam ser levados a sério como qualquer outra doença física. Então se você acha que está sentindo ansiedade além da conta, sentindo grandes alterações de humor, se estiver incomodado com pensamentos persistentes, procure ajuda. Existem profissionais treinados, que trabalham com bons tratamentos diariamente e que podem realmente ajudar você.
Busque ajuda!
Um abraço,
Juliana.
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